Por Pilar García-Serrano
As estimativas do setor indicam que a procura de fertilizantes diminuiu ligeiramente em 2019 em comparação com 2018, tendo sido registada uma diminuição de 2% no mercado global.
- Nos produtos nitrogenados simples, o mercado registou uma queda de 7%. As maiores descidas registaram-se relativamente ao sulfato de amónio e à ureia, enquanto a procura de soluções nitrogenadas aumentou significativamente.
- O consumo de produtos fosfatados simples diminuiu 10%, atingindo valores semelhantes aos de 2017.
- O consumo de fertilizantes potássicos registou uma queda de 15%.
- No mercado dos adubos complexos, regista-se um aumento global de 7%, como resultado do crescimento experimentado pelos fosfatos de amónio, 49%, e da manutenção do consumo de NPK.
Em nutrientes: o consumo de nitrogénio é de 1010 Mt, 2% inferior ao de 2018. O consumo de anidrido fosfórico é 13% superior ao do ano anterior, com 480 Mt. O consumo de óxido de potássio é 6% inferior, com 388 Mt.
Entre outros aspetos, a aplicação de fertilizantes foi condicionada pelos seguintes fatores fundamentais:

A sementeira e a fertilização das culturas de outono e inverno de 2018 foram irregulares devido à ausência de precipitação e terminaram com uma redução de cerca de 10% da área semeada.

A seca extrema nos primeiros três meses de 2019 afetou a cultura de cobertura. Em abril, foi regista precipitação significativa, o que melhorou consideravelmente as expectativas de colheita.

A seca nos meses de primavera e verão, até à colheita dos cereais, fazia prever baixos rendimentos, que acabaram por não ser assim tão maus.

A superfície semeada de cereais de primavera ultrapassou a de 2018. O milho, devido à melhor quotização em relação a outros cereais, ultrapassou a superfície de 2018.

A precipitação foi abundante durante o outono de 2019 no zona norte, enquanto nas zonas sul e este a ausência de temperamento do solo levou a uma diminuição das fertilizações de sementeira.
