A cultura do morango em Huelva é realizada em solos arenosos, com 90-95 % de areia, pobres em matéria orgânica (0,5 %), baixa C.E. (0,8 mS/cm Ext. Sat.), com uma capacidade limitada de retenção de água e nutrientes, e com águas de irrigação de salinidade muito baixa. Esta cultura requer irrigação frequente e volumes significativos de água, o que implica um consumo elevado deste recurso. Por outro lado, naquelas explorações agrícolas onde a plantação da cultura é realizada sobre leira de 2º ano, a humectação da mesma para posterior plantação, supõem um grande consumo de recursos hídricos. Além disso, estas práticas estão a ser realizadas em momentos nos quais nos últimos anos enfrentámos temperaturas altas anómalas e escassez de precipitações. Portanto, a falta de água gerou a necessidade da otimização da sua utilização de modo mais eficiente.
A profundidade do sistema radicular na cultura de morango é variável e depende, entre outros fatores, do tipo de solo ou da presença de agentes patogénicos no mesmo, entre outros. Em condições ótimas pode alcançar os 2-3 m, embora o normal é que não supere os 40 cm encontrando-se a maior parte (90 %) nos primeiros 25 cm (Morillo, 2015), onde as plantas absorvem os nutrientes e a água.
CHAUME® é uma mistura de tensioativos não iónicos os quais favorecem a filtração, retenção e movimento lateral da água no solo. CHAUME® é uma solução ótima que reduz a frequência de irrigação e consegue o seu bom aproveitamento e a melhor disponibilidade de nutrientes.
Não contém fosfatos ou ácido perclórico. A sua formulação à base de
extrato de alga do género Ascophyllum nodosum, estimula a cultura melhorando as suas condições fisiológicas para poder enfrentar os momentos de stress.
A melhoria da capacidade de arejamento, através da aplicação de CHAUME®, evita condições de anaerobiose (falta de oxigénio) na rizosfera, favorecendo assim o microbioma natural da planta.
Em ensaios realizados em leiras de segundo ano de plantação aplicando CHAUME® antes e depois da plantação foi possível aumentar a percentagem de humidade média (média de 39 dias de avaliação) dos solos 16,73 % em relação ao controlo e 9,36 % em relação à referência utilizada, obtendo uma melhor otimização da água de irrigação no bolbo húmido da planta.
Quando ao fornecimento de irrigação, a leira do tratamento de controlo recebe um total de 198,32 m3/ha, a leira da referência comercial recebe 196,65 m3/ha de água. Por outro lado, na leira com o tratamento de CHAUME® é fornecido um total de 193,33 m3/ha, ou seja, 4990 l/ha menos de água que o controlo nos 39 dias testados.
Analisando os fornecimentos de água das diferentes leiras em relação à percentagem de humidade aos 15 cm, podem ser apreciadas descidas abruptas dos valores de humidade devido à própria drenagem da água na leira de controlo. Por outro lado, nas leiras tratadas com CHAUME® a humidade é mantida constante em relação às irrigações, dado que a água se difunde de modo transversal no solo, evitando as perdas por escoamento.
CONCLUSÕES
- 16,7 % de aumento da humidade na leira de 2º ano.
- Maior retenção de água, nos primeiros 25 cm de profundidade (90 % do sistema radicular).
- CHAUME® produz o movimento transversal da água,
mantendo a humidade constante durante todo o período na leira de 2º ano. - MAIOR OTIMIZAÇÃO da água de irrigação em momento de seca. Redução de 5000 l/ha em 39 dias de teste.
BIBLIOGRAFIA:
- https://www.juntadeandalucia.es/export/drupaljda/1337161077LIBRO_FRESA_HUELVA.pdf
- Morillo, J. G. (2015). Hacia el riego de precisión en el cultivo de fresa en el entorno de Doñana. ESCUELA TÉCNICA SUPERIOR DE INGENIEROS AGRÓNOMOS Y MONTES DEPARTAMENTO AGRONOMÍA ÁREA DE INGENIERÍA HIDRÁULICA